terça-feira, 3 de março de 2015

já acabou?

Como assim já acabou a água? Sim, eu sei, eu sei. A água não acabou, mas está chegando lá. Mesmo, agora, que a água da Cantareira está subindo, ainda esta na segunda taxa do volume morto.
ODEIO quando as coisas acabam! Mas, como diz minha avó, tudo que é bom sempre acaba.
Quando um livro, ou uma série de livros acaba eu fico em outra dimensão, sem saber o que fazer, pois todo aquele mundo, toda aquela história, acabou. Claro, vou me lembrar dessa historia durante muito tempo, mas não é a mesma coisa, pois já sei o final. Não consigo correr junto com meu personagem favorito, pular com ele, lutar com ele, ou até mesmo, viajar através das sombras com ele.
O pior, quando acaba a “vida” de um personagem favorito de um livro, eu fico horrorizada. Vivo pensando porque os autores são tão cruéis. O que eles têm contra meus personagens favoritos, para querer matá-los? Não devíamos chamá-los de, por exemplo, Suzanne Collins ou Rick Riordan, mas sim de Assassina Collins ou Rick Matador! Com isso, consigo até fazer uma espécie daquelas plaquinhas, que ficam penduradas nos muros das ruas, fazendo propaganda. Ficaria assim:
Rick Matador e Assassina Collins
Matamos seus personagens favoritos por apenas R$ 39,90
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Quando um personagem favorito morre no filme, não sinto tanto como nos livros. Sinceramente, não sei o por quê, mas tenho um palpite: não me apego muito aos filmes. A não ser que seja um filme muito bom. Se for um filme muito bom fico arrasada quando ele acaba. Parece que, na melhor parte do filme, a tela fica preta e o letreiro começa a passar, como se houvesse pulado uma grande parte do filme, e eu fico pensando: como assim já acabou?
Vejo muitos filmes na minha casa. E enquanto eu os vejo, gosto de comer. A comida pode variar de uma ameixa a um prato de macarronada (“as gorda pira”). Mas sempre, sempre fico com sede no meio do filme (culpem a comida), se o filme da para pausar,  pauso e pego uma água, ou um suco, mas se não dá, eu fico esperando até entrar o comercial. Nesse curto período, parece que minha boca virou um deserto.  Sem água, o que será de mim? Até que entra o comercial e saio correndo para pegar minha água, como se fosse o último copo cheio que resta em São Paulo. Só de falar nisso, já estou com sede!
Fico imaginando se algum dia a água acabar em São Paulo, como vamos fazer. Eu não conseguiria controlar minha sede, pois, quando eu estou com sede, mas tenho a garantia de que tenho água para beber, eu consigo me controlar e minha sede acaba, sem, nem mesmo beber água. Mas, quando estou com sede, e não tenho a garantia de que posso beber água, minha sede aumenta, aumenta e aumenta!
Mas isso seria o de menos, pois lembrando a música do programa de TV infantil Cocoricó “sem água não dá pra viver, sem água não da não. A gente vira areia e morre espalhada no chão!”

EPA! Sem água, não tem energia elétrica, pois ela vem das usinas hidroelétricas, que são movidas a água. Então, não teríamos nem água nem luz? Espero não precisar escrever uma crônica dizendo: como assim já acabou a luz?

2 comentários:

  1. Muito bom, Manu! Dei risada com a sua plaquinha sobre os escritores!!!
    e você conseguiu costurar temas muito distintos a partir da digressão sobre o final das coisas de uma maneira muito legal.
    Bom trabalho!

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  2. Manu! Adorei a crônica, principalmente seu final!

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