quarta-feira, 22 de abril de 2015

Odeio Final de Trimestre

Naquela aula chata, daquele professor chato que não fala coisa com coisa e a matéria não entra na sua cabeça, olhar para a parede vira um passatempo bem divertido. Rabiscar no caderno então, nem se fala!
Passamos o trimestre inteiro “brisando”, conversando, desenhando, rabiscando e mais algumas coisas que fazem o tempo na escola passar mais rápido, mas quando chega o final de trimestre é um desespero total. Tentamos prestar atenção nas aulas, mas continuamos não entendendo nada. “Tudo bem, na hora de estudar para a prova eu vou entender e aprender tudo”, mas não.
Sempre deixamos para estudar um dia antes da prova, e sempre é aquele desespero: todo mundo sai no Facebook perguntando feito loco sobre a matéria, mas aparentemente, ninguém entendeu nada, a não ser aquelas três ou quatro pessoas que sempre prestam atenção na aula e a matéria entra em suas cabeças (não sei como conseguem fazer isso!)  
Minha escola não tem semana de provas, mas os professores sempre acabam as marcando para a mesma semana.
Parece que nas reuniões de professores, todos discutem sobre quando será o período de enlouquecer seus alunos, fazendo-os ficar em casa, folheando cadernos, livros e digitando alguma coisa chata no computador, também conhecida como trabalho. Vida social neste período? Claro que não!
Eu sou do tipo de pessoa que deixa tudo para a última hora. Já tentei mudar, ser um pouco mais “responsável”, mas não consigo. (Não que eu tenha deixado de entregar trabalhos por causa disso, pelo contrário, nunca deixei de entregar nenhum). Não entregar um trabalho é quase suicídio. É uma passagem grátis para a recuperação!
Às vezes, quando fazemos uma prova pensamos: “nossa, tirei A! Fui muito bem.” E na hora de receber a prova corrigida já é outra história: “C? Mas como assim um C? O professor deve ter corrigido errado... Eu tinha feito a prova muito bem, não tinha? Tudo culpa desse maldito professor!”.
Não... Não. No fundo sabemos que essa nota C está certa, mas para não nos “auto culpar”, fazemos algo muito mais fácil: culpamos o professor.
Depois que toda essa correria de final de trimestre acaba, voltamos a “brisar”, conversar, desenhar, rabiscar e fazer mais algumas coisas para o tempo da escola passar mais rápido.

“Não vejo a hora de chegar as férias!”.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Duas Metades

         Entrega da crônica marcada para amanhã, e não quero mais escrever.
Como assim não quero mais escrever? Não sei! Não quero.
No meio da revisão da crônica que eu já havia escrito (e estava quase pronta para ser postada no blog), simplesmente parei, travei, emperrei e quebrei. Perdi a vontade de escrever.
Uma parte em mim diz: “Não, não, não, não, não! Escreve criatura, escreve! A crônica é para amanhã, você tem que entregá-la!”.
A outra parte diz: “Ah... Você pode entregar depois, vai... Vai dormir...”
“Não! Para! Acorda! Falta pouco pra acabar! Você consegue.”
“Ah, acho que não... Posto depois essa crônica, não tem problema!”
“Tem sim, vai! Olhos no teclado e na tela. Digita! Mesmo que não saia tão boa a crônica você pode arrumar depois.”
“Mas nem gostei dessa crônica que eu tava revisando... Escrevo uma melhor outro dia... Quem sabe.”
“Já sei, vamos entrar em um acordo: escreva uma crônica sobre não querer escrever uma crônica.”
“Quê?”
“Você está falando consigo mesma criatura, você sabe o que é pra fazer!”
“Ta bom, já vou começar! Depois acho que vou dormir... posso?”
“Quando acabar a crônica pode.”

“Ok... entããão... Boa noite, doce pudim.”